quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Encontros... e mais encontros!

Aquecimento e exercícios de voz



 E já que o exercício de convivência é intenso (10 horas juntas por dia não é pra qualquer um!): 
Comilanças! Café, almoço, níver do Thiago! 







Tá bão demais!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Dedo na ferida

Foto    Mais uma conversa de avaliação dos nossos processos. Precisamos colocar no blog mais ações nossas, não apenas de causas que apoiamos. Mas que ações? Bom, então tá faltando fazer mais ações. Aí cabe a tomada de uma atitude: vamos discutir mais objetivamente e parar de criar tantos empecilhos e fazer mais. Nem sempre as ações precisam de tanta elaboração. Vamos combinar que a gente já conseguiu se apropriar minimamente dos conteúdos da nossa pesquisa e já podemos "confiar no nosso taco". Então bora fazer nossa ação em apoio a causa que tanto divulgamos. Pega o stêncil, lata de spray na mão e panfletos. Caras feias para a gente. Ops!
O que causava tanto desconforto? O spray? O ato de intervir no espaço público? Onde é público, onde é privado na rua? Nada de muros de casas, não vamos profanar o direito à propriedade privada!  E a calçada também é particular, uma extensão de cada casa? Quer dizer que andamos pelas casas dos outros o dia todo? Mas é só andar que pode...?

Estávamos enfeiando as ruas? Precisávamos fazer escondido, talvez a noite? Será que o preconceito contra a "pixação" (que é o que pressupõe um spray na mão para muitos) ia inviabilizar a empatia das pessoas com o conteúdo dos panfletos que colocávamos em suas caixas de correio? Será que as pessoas irão ler os panfletos? Coloquei alguns em umas casas já vendo o destino dos papéis. Pré-conceito meu? Será que as pessoas vão sequer ver os postes e chão com nossa intervenção? Ou será que nosso olhar não está treinado para os detalhes?
Incertezas muitas. Sensação de estar fazendo errado. Mas se a gente quer mostrar que o que está posto não está bom, desagradar não faz parte do nosso trabalho? Eu quero botar o dedo na ferida! Mas os olhares de desaprovação também botam o dedo nas minhas. Tá doendo. Mas acho que vai precisar ser assim. Qual é o limiar? Como fazer a provocação chegar sem ser bloqueada por uma falta completa de empatia? Vamos fazendo para descobrir. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Milton Santos: a luta continua!

Manifesto unificado de apoio à luta do Assentamento Milton Santos

As organizações, entidades e coletivos abaixo assinados reafirmam a sua solidariedade à luta das 68 famílias do assentamento Milton Santos.

Neste momento, o desafio das famílias do município de Americana reflete a luta do conjunto da classe trabalhadora, que tem sofrido com os sucessivos ataques e perdas de direitos conquistados.
O mesmo Estado que atende às revindicações da burguesia, desapropriando grandes áreas em favor de interesses privados, nega o direito à terra e moradia, não só boicotando a reforma agrária no país, como fazendo retroceder conquistas históricas. Este mesmo Estado engendra o genocídio nas periferias das grandes cidades, permitindo a ação impune de grupos de extermínio paramilitares.
A ofensiva ao Assentamento Milton Santos não ameaça apenas a vida das 68 famílias que correm o risco de perderem suas terras, casas, lavouras e anos de trabalho, ameaça também as conquistas e os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade.
Na terça-feira, dia 15, foi entregue a notificação de despejo aos assentados, o que implicou um prazo de quinze dias para que se repita um massacre à exemplo do Pinheirinho, com consequências ainda piores, porque haverá resistência. E só há uma maneira de impedir esta tragédia: o Decreto de Desapropriação por Interesse Social do Sítio Boa Vista, que só depende da assinatura da Presidência da República.
Estamos alertas!
Dilma, assine já!

Apoiam esta luta:
Movimento Terra Livre
Sindicato dos Trabalhadores da USP
Rompendo Amarras
DCE Livre USP Alexandre Vannuchi Leme
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal
Quilombo Raça e Classe
Fórum Popular da Saúde
Fábrica Ocupada Flaskô
Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL)
Coletivo Arma da Crítica
Núcleo Pastoral da Juventude
DCE da Unicamp
Rádio Livre Várzea
Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp
Movimento Mães de Maio
Coletivo Ecossocialista Libertário – ECOSSOL-PSOL
Cordão da Mentira
Favela do Moinho
Coletivo Comboio
Coletivo Zagaia
Cooperativa Paulista de Teatro
Kiwi Cia. de Teatro
Coletivo da Albertina
Espaço Cultural Mané Garrincha
Coletivo de Gênero Violeta Parra
PSOL – Juiz de Fora-MG
Grupo Quilombagem
Corrente Sindical Conspiração Socialista

Documento elaborado a partir da plenária com parceiros e aliados da luta do Assentamento Milton Santos, realizada no dia 16 de janeiro de 2013 no auditório da ocupação do Incra.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Agora VAI!

     Hoje aconteceu uma conversa no Centro Cultural da Penha, parte da programação dos encontros para a elaboração de projetos do VAI. O Programa VAI (Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais) tá garantido em lei desde 2003 e tem por finalidade apoiar, por meio de subsídio, atividades artístico-culturais, principalmente de jovens de baixa renda e de regiões do Município desprovidas de recursos e equipamentos culturais.


    Primeiro que é muito bom ter um espaço de troca entre essa galera que anda fazendo aquilo em que acredita por aí. Várias discussões políticas importantes foram levantadas a partir das dúvidas de quem estava lá e pode partilhar umas horinhas do dia pra discutir uma política pública. Que bom que esses espaços ainda existem!


    "Quem faz arte tem que ter iniciativa". Então vamos fazer. Independentemente de ser aprovado pelo edital ou não, a gente tem que seguir encontrando os lugares pra fazer a nossa arte, que é o que a gente faz melhor. Audiovisual, teatro, música e outras tantas linguagens estavam presentes lá hoje, iniciando uma rede de gente que tem vontade e disposição de atuar pelas quebradas da cidade. 

      Então bora ampliar esses contatos e esses espaços de prosa e de troca pra gente se fortalecer e lutar não apenas por políticas públicas de cultura para financiar trabalhos, mas por um projeto de cidade que a gente quer.   

     Valeu Harika e galera do Cultura ZL pela disposição. Tamo junto!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Intervir no quê?

Assentamento Milton Santos, Aldeia Maracanã, ocupação de prédio em Taguatinga (DF), ocupação de prédio na rua General Couto Magalhães (Luz - SP) - esse que vai ser "desinvadido" para a ser a sede do Memorial da Democracia (e que memórias!) do Instituto Lula. Quase 1 ano da desocupação de Pinheirinho. São tantos casos! E a nossa desoladora sensação de impotência.
Que é que dá para fazer? A gente divulga, assina petição, faz manifestação, xinga, toma prédio, paraliza rodovia, faz vídeo, moção de solidariedade e panfleto.  A gente acompanha a desocupação com a câmera ligada para inibir ações policiais (mais) violentas, a gente faz campanha de arrecadação.

Mas o que é que dá pra fazer?

A gente não desmerece ações de contenção e protesto como essas, não, a gente as apóia e a gente participa de muitas delas. Mas a gente também tem que entender se estão acontecendo desocupações, é porque ocupações precisaram acontecer em primeiro lugar. E se acontecem ocupações, é porque tem gente sem casa. Se tem gente sem casa (e tem ainda mais casa vazia), é porque existe essa coisa abominável que se chama especulação imobiliária. E se tem especulação, quer dizer que o lucro vale mais do que as pessoas. E se isso acontece, é porque esse sistema se chama Capitalismo. Bem vindos ao X da questão.

Não dá para falar em um mundo mais justo e solidário, fazer campanhas de sustentabilidade, lutar por justiça, arrecadar fundos para causas especiais e reivindicar democracia dentro de um sistema capitalista, porque é ele que causa direta ou indiretamente todas as coisas contra as quais a gente luta.
Então vamos começar por aí. E fazer nossa arte, nosso protesto, dar nosso grito por aí. 

Bom, toda essa volta pra trazer o trabalho de dois artistas que têm influenciado nosso debate sobre as intervenções. Dá-lhe Banksy, dá-lhe Dran!


   


Vamos pensando em como fazer a crítica sem ser raso, em como incomodar de verdade o que tem que ser incomodado. Em breve tem mais!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Milton Santos resiste!

     No dia 09/01 (quarta-feira), o INCRA recebeu uma intimação para retirar as famílias do Assentamento Milton Santos no prazo de 15 dias. Caso o prazo não seja cumprido, as famílias correm o risco de sofrer uma violenta expulsão com força policial, como ocorreu há um ano em Pinheirinho, São José dos Campos. Diversas manifestações, paralizações de rodovias e outras ações foram realizadas no mês de dezembro e a negociação se estendia. 
     Com esse verdadeiro ultimato, cuja única escapatória seria a assinatura pela própria presidenta de um decreto de interesse social daquela região, articulou-se um encontro para amanhã no próprio assentamento, que fica em Americana, por ocasião de um debate já programado para a parte da manhã com professores da Unicamp e Unesp. 


     O momento agora é de organização e resistência e muitas são as mensagens de solidariedade que os moradores do assentamento têm recebido. Elas podem ser conferidas no site:

http://www.assentamentomiltonsantos.com.br/

      Aproveitamos para divulgar a ação realizada por coletivos de teatro e participantes do MST no dia 20 de Dezembro, em somatória aos diversos eventos de protesto e mobilização que ocorreram naquele dia. Abaixo, matéria publicada no site do MST e vídeo:


     "Na capital, assentados, militantes e grupos de teatro realizaram uma intervenção política estética junto ao edifício da Justiça Federal Regional de São Paulo, na avenida Paulista.
Essa foi uma entre as muitas ações realizadas durante a Jornada de Luta e Resistência em defesa da Reforma Agrária no estado de São Paulo, iniciada após um decreto de reintegração de posse ter sido expedido para o Assentamento Milton Santos (Americana), consolidado há 7 anos. 
        Durante a intervenção ficaram em evidência os principais agentes da ofensiva contra a Reforma Agrária: a família dos latifundiários, os proprietários da usina que explora ilegalmente as terras, a mídia burguesa e finalmente, a própria Justiça."


Declaramos mais uma vez nosso apoio e solidariedade às famílias do assentamento.

Milton Santos, resistência e luta!
MST, a luta é pra valer!
Reforma agrária já!

"[...] Não te rendas, por favor, não cedas,
Ainda que o frio te queime,
Ainda que o medo te morda,
Ainda que o sol ponha e se cale o vento,
Ainda existe fogo na tua alma,
Ainda existe vida nos teus sonhos
Porque cada dia é um novo começo,
Porque esta é a hora e o melhor momento
Porque não estás sozinho [...]"

Não te rendas, Mario Benedetti

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Um ano de Albertinação


           Ontem... Dia 06 de Janeiro fez um ano, desde a primeira vez que nos encontramos.

           Lembro-me muito muito bem... Foi no Centro Cultural da Vergueiro. Nos encontramos por que eu e a Patricia vimos que na ELT abriu vagas para novos grupos serem dirigidos pelo Luiz Fernando Marques da Cia XIX de Teatro. Na hora eu peguei o telefone e comecei a ligar para as pessoas, marcamos o encontro e lá estávamos nós... Inseguras, cheias de sonhos, sem muito foco mas muito bem dispostas.
        Resolvemos nos encontrar no Tendal da Lapa. Eramos em 4 meninas, começamos pesquisando... sobre a  questão da moradia ... pensávamos inocentemente em apenas algo poético.
          Criamos um nome COLETIVO DA ALBERTINA, estudamos, estudamos, praticamos, estudamos, e então algumas crises vieram....afinal não conseguíamos nos apropriar do lugar, nos sentíamos instáveis, não fomos aprovadas pela ELT, começamos a assumir uma postura mais politica, tínhamos que nos colocar frente a isso e assumir nosso lugar, tivemos a saída de uma integrante... isso nos abalou muito.... tivemos muitos questionamentos....
          Mas assumimos as rédeas ... nós três... começamos a fazer alguns cursos, resolvemos continuar estudando, veio curso de Teatro documentário com a cia. Teatro Documentário, em seguida começamos a fazer Batucada com o Coletivo Dolores Boca Aberta... fomos nos encontrando, arrumando parceiros, estudando, estudando, estudando... veio curso de Teatro de Rua com a Cia. do Miolo, veio curso de Teatro Mutirão com o Coletivo Dolores outra vez ... cada vez mais íamos nos estruturando, nos achando, surge a possibilidade de ocuparmos o CDC em parceria com o Dolores e o Grupo Parlendas.... saímos do Tendal assumimos esta responsabilidade que há tempos era pensada e discutida dentro do grupo. Começamos a participar de mutirões, de atos, fazer curso com o Scapi.... fazer intervenções cênicas...Cada vez mais assumindo nosso lado politico....Começamos a entrar na LUTA. 
         Paralelamente escrevemos um projeto... intitulado como PERIFERACIDADE, nos escrevemos para o edital do PROAC primeiras obras.... Ganhamos.... assumimos mais uma enorme responsabilidade.   
     
          "Desdo começo, quando começamos a estudar... percebemos que só o teatro não resolvia, que a luta tem que ir alem disso, que o teatro serve como um instrumento, mas que junto dele é necessário outros instrumentos que somados podem gerar bons resultados."          

         Agora com o projeto aprovado, com parceiros e muito muito estudo, começamos a estruturar nossas criações... estamos criando... e criando muito...cenas, musicas, debates..... estamos nos estruturando, cada vez mais juntando parceiros na luta e na arte.... 




Agora quando penso que fizemos apenas 1 ano, somos apenas "um grupo bebe", penso no quanto aprendemos, crescemos, quantos parceiros temos, e nas oportunidades que tivemos, acredito que somos mais maduros do que qualquer uma de nós três podíamos imaginar... Este coletivo esta indo muito, muito alem do que eramos capaz de pensar.... 

E QUE ESSA ALBERTINAÇÃO NÃO PARE NUNCA E QUE TODOS VENHAM ALBERTINAR COM AGENTE.