quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Repercussão da I Copa Rebelde

Em São Paulo, movimentos sociais promovem Copa Rebelde contra a Copa de 2014

Em São Paulo, 32 times se enfrentaram para se contrapor à elitização do futebol e à gentrificação dos bairros pobres. Por Roberto Brilhante.
 
Roberto Brilhante
 
“Já pensou se tivesse isso aí todo domingo? Pra que deixar um terreno desses abandonado, cheio de mato, cheio de lixo... Podia ter criança brincando aí… Dinheiro pra Copa eles têm, mas pra cuidar aqui do bairro não aparece um”, dizia o dono do bar em frente ao que sobrou da antiga estação rodoviária, no bairro de Campos Elísios, centro de São Paulo. No último domingo (15), o terreno, baldio no dia a dia, foi palco da primeira Copa Rebelde dos Movimentos Sociais, que reuniu 32 times formados por homens, mulheres e crianças de diversas ocupações, coletivos e organizações políticas paulistanas e nacionais.

10 minutos, cinco na linha e um no gol, a arbitragem ficando por conta do entendimento entre as equipes. E assim gente de diferentes classes, cores, gêneros e orientações políticas fizeram um ato lúdico e político para se contrapor à elitização do futebol e à gentrificação dos bairros pobres de São Paulo, processos intensificados em tempos de Copa do Mundo. O time do Movimento Passe Livre em campo contra as máfias dos transportes e a favor de um verdadeiro direito de ir e vir; o da Marcha da Maconha jogando contra a criminalização da cannabis; o da Marcha Mundial das Mulheres driblando o machismo; o da Frente de Luta por Moradia na marcação cerrada contra o latifúndio urbano; o da Comissão Guarani Yvirupa dando um nó nas táticas dos ruralistas, e tantos outros levando suas bandeiras ao campo.

 Mais em: Carta Maior.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Fotos da I Copa Rebelde

Nesse domingo rolou a I Copa Rebelde dos Movimentos Sociais. As Albertinas estavam lá marcando presença. Pena que não deu pra ficar até o fim, ou apresentar um pouco do que a gente queria, mas o dia foi bem cheio e intenso. Muito bom ver todo mundo junto, sem se segregar em minorias - que na verdade são maiorias! Assim somos mais fortes!


 
 

sábado, 14 de dezembro de 2013

Vermelhão

"Plantio das mudas, almoço coletivo e muita satisfação em ver como o Vermelhão está ficando bonito. Tem até vizinho aderindo! Em seguida, apresentação do Fiteiro Antropofágico." Vejam mais fotos no nosso face.
 
Hoje foi um dia importantíssimo no Moinho. É absolutamente compensador ver os moradores, adultos e crianças, se empenhando na reconstrução desse espaço coletivo. Mais incrível ainda ver como o carinho e a dedicação com que a Casa Pública e o Parque vem sendo tratados pelo pessoal do Comboio e de todos aqueles que os tem ajudado fez com que os moradores da favela queiram não apenas contribuir, mas estender esse cuidado para suas próprias casas. A vizinha da Casa Pública hoje fez também o seu quintal, com horta. O outro vizinho pintou também a sua casa.
Não é o visual ou o cheiro das plantas que vão resolver os problemas da comunidade, mas sem sombra de dúvidas é muito bom que algo assim tome parte do dia a dia de quem vem sendo afrontado pela polícia e estigmatizado pela mídia.
Novas relações são possíveis. Entre a gente e a cidade. Entre nós mesmos.
 
E vamos que vamos.
 
 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Copa Rebelde

"Há mais de 100 anos, quando o futebol chegou ao Brasil, ele era praticado quase que exclusivamente pelas elites locais das grandes cidades brasileiras. Rapidamente, porém, o caráter democrático do jogo fez com que sua prática se espalhasse por todas as comunidades pobres do país. Dos pés de ex-escravos, caipiras, mestiços e analfabetos, trabalhadores em sua maioria, surgiu a escola brasileira de jogar futebol, eternizada na figura de Mané Garrincha. Nas arquibancadas, o povo também desenvolveu as suas culturas e as suas maneiras de torcer, de fazer a sua festa, de participar do esporte nacional.
 
Hoje, a brutal transformação do futebol em negócio tem seu capítulo mais perverso na realização da Copa da Fifa de 2014. Trabalhadores, moradores e torcedores pobres, todos vem sendo sistemática e violentamente varridos pra fora do cenário. Mas o futebol popular não morreu: resiste em cada campo de várzea, em cada jogo na rua, em cada pelada, baba ou bate-bola nos espaços cada vez mais escassos para a prática popular do esporte, graças à especulação imobiliária e ao total descaso do poder público com a população pobre do país.
 
Pensando nisso e como forma de se contrapor à elitização do futebol e à gentrificação dos bairros pobres de São Paulo, o Comitê Popular da Copa-SP convida os movimentos sociais para a I Copa Rebelde dos Movimentos Sociais."

É nesse domingo. Coletivo da Albertina presente, em parceria com os Parlendas. Vamos?

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

"Pisa ligeiro,

pisa ligeiro. Quem não pode com a formiga não assanha o formigueiro!"

Coletivo da Albertina presente na batucada!

Sob ameaça de despejo, famílias da Comuna Urbana protestam em Itapevi
12 de dezembro de 2013
Por Jade Percassi
Da Página do MST

Nesta quarta-feira (11), as 100 famílias acampadas na Comuna Urbana Padre João Carlos Pacchin realizaram um protesto na prefeitura de Itapevi (SP).

A área Bela Vista Alta, ocupada pelo MST desde agosto de 2013, irá novamente a julgamento esta semana, correndo o risco de ter decretada a reintegração de posse, anteriormente suspensa pelo desembargador Rômolo Russo, do Tribunal de Justiça.

Diante da situação, os acampados e militantes do MST da Grande São Paulo decidiram fazer a denúncia da omissão do poder público sobre a situação das famílias e da população da cidade, cobrando a responsabilidade política da prefeitura sobre a vida dos acampados e munícipes de Itapevi.

Em ocasiões anteriores, o prefeito Jaci Tadeu da Silva (PV) se comprometeu em realizar o cadastro das famílias acampadas, mediar as negociações com o proprietário e contribuir para o encaminhamento da solução da questão da moradia digna, mas nada foi feito.

Para Luciano Carvalho, da direção regional do MST, essa postura negligente por parte da prefeitura abre margem para um retrocesso na justiça.

“É preciso cobrar a responsabilidade política, pois essas famílias vem sendo empurradas de um lado para o outro, sem que se aponte para uma solução concreta. Nós temos um projeto de habitação e de vida para a área, e seguiremos nas ruas exigindo uma resposta”, afirmou.
Fotos: Xandi Gonçalves