sexta-feira, 12 de julho de 2013

Direito à cidade: reivindicar o quê?

Muitas e intensas tem sido as manifestações que tomaram o país nos últimos quarenta dias. Como só se surpreende quem não conhece a História, entretanto, o rumo que as coisas tomaram tem muito avanço político, mas ao mesmo tempo tem também os já esperados movimentos de cooptação e de incorporação de uma pauta de classe em um discurso vago e a serviço de interesses também de classe - da outra, no caso. 
É muito importante que as ruas continuem sendo tomadas; que palavras de ordem, jograis e paródias continuem sendo ecoados; mas é mais importante ainda que o debate prossiga e se aprofunde cada vez mais. Ninguém minimamente informado vai querer servir ao que pode virar o avesso daquele distante (será?) horizonte vermelho - ou, para não assustar os desprecavidos, daquele futuro mais justo e solidário. 

Muitas são as dúvidas e muitos são os caminhos. Ontem, por exemplo, na Greve Geral, a alternativa foi se juntar a despeito das divergências ideológicas e dar força e visibilidade à necessidade de mudança. Quiçá politizar um pouco o movimento, lutando e batucando de dentro dele, em meio às suas contradições. Afinal,

Foto: MST

Difícil, confuso. Mas necessário. Cada pequeno grupo ligado nesse processo segue questionando até onde vai sua participação e como ela pode se efetivar. O MPL, por exemplo, ao declarar apoio à greve dos metroviários, mas não assinar embaixo das inúmeras pautas levantadas na mobilização, cumpriu seu papel, que é se garantir como um movimento coeso e claro nas suas revindicações. Qualquer passo em falso e pode se perder nele mesmo. 

E é pensando em todas essas questões, que se faz necessária uma sistematização de toda essa tentativa de apreensão da realidade em movimento. E ninguém mais indicado ao cargo que o Professor Marildo Menegati, que hoje iniciou um importante apanhado sobre a crise capitalista. E amanhã prossegue na sua exposição.  

Convidamos a todxs interessadxs nessa prosa, que já tá sendo boa e promete ainda mais. É só chegar amanhã na nossa sede compartilhada.


E, terminando para recomeçar o debate, mais uma boa fonte de discussão sobre o Passe Livre, que não pode ficar de fora nesses tempos:

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